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Texto por A345_Leadership via Fórum Contato Radar
No início da década de 1960 as empresas aéreas brasileiras estavam introduzindo seus primeiros jatos e a modernização era imprescindível para a VASP. Pois suas concorrentes Cruzeiro do Sul, Panair do Brasil e VARIG já operavam com aviões à reação e a dinâmica do mercado foi abalada quando a Panair do Brasil inaugurou serviços exclusivamente domésticos com a chegada dos seus Caravelles em 1962.

Em setembro de 1962 a VASP assinava contrato com a Sud Aviation para a compra de quatro Caravelles mais duas opções, tornando-se a quarta operadora do jato-puro no país. Colocando assim em pé de igualdade com suas concorrentes nacionais, pois além da Panair do Brasil, a Cruzeiro do Sul trazia quatro Caravelle para operações nacionais e na região do Prata.
Assim como as duas, o modelo escolhido pela VASP foi o VI-R, com maior potência em relação a série III da VARIG. A previsão era para chegar no início de 1963 e a VASP fazia propaganda com o Caravelle e o Viscount como parte do “Serviço de Luxo” da empresa. Foi feita até uma montagem do Caravelle nas cores da estatal paulista.

Entretanto, sem conseguir financiamento e com a mudança política, a VASP anuncia o cancelamento dos Caravelles, com três modelos já na linha de produção e que foram repassados para outros operadores:
- c/n 158 – Foi para Kingdom of Libya Airlines como 5A-DAA, na Vasp seria o PP-SRT;
- c/n 162 – Foi para Finnair como OH-LER, na Vasp seria o PP-SRT e parece que seria o PP-CJC na Cruzeiro do Sul (que foi o c/n 62);
- c/n 167 – Foi para Austrian Airlines como OE-LCO;

Os Caravelles poderiam levar a VASP a uma crise aguda, pois em 1962 havia comprado o Lóide Aéreo Nacional, absorvendo uma frota inteira de aeronaves à pistão e de perfil operacional totalmente oposto ao da companhia paulista. O interesse de operar jato ocorreu em 1966 quando anunciou a compra do DC-9-10. Mas a demora do Banco Central e o surgimento do Boeing 737-200 fizeram a empresa mudar de ideia e encomendar o modelo de Seattle.

Enquanto os 737 não chegavam a empresa arrendou em caráter provisório dois BAC-1-11-400, e o PP-SRT seria de fato usado no primeiro avião à jato da VASP.
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