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Nos últimos dias, surgiram várias denuncias nas redes sociais questionando a qualidade da AVGAS (gasolina de aviação) no país. Segundo os pilotos e operadores dessas aeronaves, o combustível estaria fora dos padrões para utilização, sendo o responsável por corrosão e vazamentos nas aeronaves em que o mesmo foi utilizado.
Na noite de ontem (11), a Petrobras divulgou um comunicado informando a suspensão de alguns lotes de combustível de aviação importados por apresentarem diferenças no teor de compostos aromáticos, que embora dentro dos parâmetros estabelecidos pela ANP (Agência Nacional do Petróleo), podem ter relação com os inúmeros casos de corrosão reportados.
A Petrobras realiza testes nestes lotes para verificar a hipótese da variação da composição química ter impactado os materiais de vedação e revestimento de tanques de combustíveis de aeronaves de pequeno porte.
O combustível é utilizado por aeronaves com motor à pistão, e desde que teve sua produção suspensa pela Petrobras em 2018, passou a depender exclusivamente de importação para abastecimento de todo o mercado nacional. A Petrobras justifica a ausência na produção nacional devido à reforma da refinaria de Cubatão-SP, que em consequência da pandemia, deve voltar a produzir AVGAS somente no mês de outubro.
Devido ao risco à segurança do voo, a AOPA Brasil (Associação de Pilotos e Proprietários de Aeronaves) chegou a recomendar aos operadores que caso haja indícios de vazamentos, suspendam suas operações, até que providências sejam tomadas.
Com o intuito de mitigar o problema, a ANP informou que iniciou coleta de amostras e informações em campo e que se encontra com recursos disponíveis para mapear o problema do risco de gasolina contaminada o mais rápido possível.
Também no sábado (11), a ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) emitiu um Boletim Especial de Aeronavegabilidade, orientando proprietários e operadores de aeronaves afetados pela gasolina contaminada.
No boletim, a ANAC destacou: “A ANAC recomenda que os proprietários e operadores das aeronaves afetadas façam, antes de cada voo, tanto quanto possível, uma inspeção visual dos componentes do sistema de combustível da aeronave quanto a degradação ou vazamentos, e componentes de borracha quanto a indícios de ressecamento. Caso se verifique evidências, ou caso persista a suspeita de contaminação do combustível, o proprietário ou operador deve considerar interromper a operação da aeronave e procurar imediatamente uma organização de manutenção de produto aeronáutico para que sejam tomadas as medidas preventivas ou corretivas adequadas”.
Além disso, dois formulários foram criados para ajudar as agências a mapear e entender a distribuição nacional das ocorrências:
https://forms.gle/75CFhpoBzq1Gw4X97
https://forms.gle/M9CAgr5n4hgn23oU8
Quer conhecer mais sobre o AVGAS? Veja nossa matéria especial sobre esse combustível, utilizado predominantemente em aeronaves que possuem motores à pistão.
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