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No mês passado, a Azul e LATAM Brasil surpreenderam o mercado ao anunciar a criação de um acordo Codeshare. Com este acordo, permitirá que ambas as companhias aéreas sejam mais eficientes e otimizem as vendas durante o atual cenário de crise mundial.
Este tipo de parceria entre companhias aéreas no Brasil não é inédito, apesar da surpresa para a aviação. Para muitos, inclusive para uma entrevista mal interpretada pela CNN Brasil, foi o primeiro passo de um namoro entre Azul e LATAM Brasil para oficializarem um casamento futuro, envolvendo fusão.
Um dos melhores exemplos de uma parceria equivalente ao acordo, podemos voltar aos anos 70. O antigo Departamento de Aviação Civil (DAC), anunciou que somente quadrimotores poderiam voar na Ponte Aérea, entre Rio e São Paulo.
Por tanto, somente a VARIG e VASP poderiam servir a principal ligação aérea do Brasil, com seus Electras e Viscounts, respectivamente. Nos anos 80, a VASP e a Transbrasil, foram “obrigadas” a realizar uma parceria de alocação dos Electras da VARIG. Ali nascia um dos maiores feitos: as três principais companhias aéreas firmavam um acordo de cooperação de vendas e distribuição de passageiros na famosa Ponte Aérea.

Para isso, a VARIG descarecterizou alguns Electras, mantendo a pintura base da companhia. Neles, embarcavam passageiros com bilhetes comprados por qualquer uma das três companhias aéreas. Porém no início dos anos 90, com a aposentadoria do modelo, permitiu que o acordo fosse quebrado, e a Transbrasil e VASP, voltaram a pousar no aeroporto central carioca com aviões próprios.
Outro exemplo foi no início dos anos 2000, que a VARIG e TAM, firmaram um acordo de codeshare. Futuramente, com o declínio da principal companhia aérea do país, foi realizado uma tentativa de fusão entre as duas, porém foi negado. Na época, VARIG e TAM eram as maiores do mercado, e viam a GOL crescendo aos poucos.
Já na atualidade, o Codeshare entre companhias aéreas nacionais, era praticado pela GOL e VoePass. Aconteceu inclusive um crescimento de cooperação entre ambas, com a companhia de Ribeirão Preto operando voos exclusivos para a laranjinha.
Mas afinal o que é Codeshare?
Codeshare é um acordo firmado entre duas companhias aéreas, nacionais ou internacionais, que permite o compartilhamento de clientes em um único bilhete emitido. Ou seja, um cliente que tem sua origem em Belo Horizonte com destino à São Paulo, pode realizar toda a reserva na KLM, tendo todo o atendimento realizado pela parceira, no caso a GOL.
O voo, entre BH e São Paulo, constará que é da KLM, com sua respectiva numeração. Porém esse trecho será operado pela GOL, mas é comercializado como um voo KLM. Este acordo também é conhecido como marketing codeshare.
Com a Azul e LATAM Brasil não será diferente. Ambas companhias aéreas comercializarão bilhetes em voos da parceira, como sendo seu voo próprio. Um cliente poderá comprar uma passagem entre BH e Ipatinga nos canais de vendas da LATAM Brasil porém será atendido e voado na Azul.
A Azul não realiza voos diretos entre São Paulo e Frankfurt, porém poderá vendê-lo nos seus canais de vendas como sendo um voo próprio.

Outro ponto importante para observar, é que o codeshare entre Azul e LATAM Brasil são de rotas não sobrepostas. Ou seja, ambas companhias operam a Ponte Aérea Rio-São Paulo, logo não terão compartilhamento de clientes nesse trecho.
Por tanto, um acordo de codeshare não é sinônimo de fusão entre companhias aéreas. É um procedimento normal que já existem a anos no Brasil e no mundo.
Na próxima página, você poderá conferir as outras formas de parcerias entre companhias aéreas: Interline, Join Venture e Alianças.
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